Tive a paciência para assistir a um jogo inteiro entre duas equipas inglesas. A última vez que isto tinha acontecido foi... hmmm, não me lembro. Sem dúvida o jogo foi uma excelente propaganda para o campeonato português. Teria de recuar até ao ano passado, porventura a um jogo do Rio Ave em Braga para recordar um desafio tão mal jogado.
Eu nunca compreendi o encanto do campeonato inglês. Quando aparece uma equipa que ainda tenta jogar futebol, a coisa compõe-se. Quando entram em cena duas legítimas representantes do kick-and-run, como ontem, Deus nos salve.
Não compreendo as razões de Mourinho quando fala das lesões. O Chelsea poderia ter alinhado com 6 jogadores, e o efeito seria igual. O guarda-redes, 4 defesas e Drogba lá na frente. Os outros estiveram a fazer figura de corpo presente. Aliás, para jogar daquela forma, seria melhor ir buscar uns tipos ao futebol americano, daqueles que só lá estão para chutar aquela "bola" oval de bica entre os postes, e mais dois ou três mecos com 2 metros de altura dentro da área a tentar caçar a bola de cabeça. Cole, Lampard (que ainda me está a dever um jogo, já nem digo bom, pelo menos razoável) e os outros rapazotes que lá andaram bem podiam ter-se entretido a jogar ao berlinde.
O Liverpool nem merece comentários. É além da minha compreensão que consigam ganhar jogos. Nem jogadores, nem táctica, nem nada. É o tudo ao monte e fé em Deus elevado à 10ª potência.
Porquê tanta azia!?, perguntam. Depois do jogo de ontem, num delírio onírico, fiz o exercício mental de juntar a equipa do Porto de 2004 a alguns "reforços" que entretanto aportaram. O meu onanismo intelectual assegura-me que Baía (ou Helton), Paulo Ferreira, Pepe, Ricardo Carvalho, Nuno Valente, Paulo Assunção, Maniche, Deco, Quaresma, Derlei e McCarthy poderiam, pela amostra, estar tranquilamente a preparar a 4ª final da Liga dos Campeões consecutiva. Mas isto são sonhos..

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