Nada de surpreendente no discurso à nação de Sócrates na RTP. A questão da licenciatura perdeu muita força nos últimos dias, quando se percebeu que a "investigação" tinha sido, em grande parte, de vão de escada - lançando dúvidas sobre as licenciaturas de alguns dos jornalistas, de passagem. A única questão que me interessava neste domínio era saber se Sócrates realmente frequentou a Independente, ou se só foi lá buscar o canudo. A pergunta foi posta, mas tão ao de leve que foi como uma brisa. Sócrates respondeu que foi às aulas, contrariando os testemunhos dos funcionários da instituição, e quando ao facto invulgar de só ter tido um professor para todas as cadeiras (a não ser Inglês Técnico - leccionada pelo reitor!), só disse que "os alunos não escolhem os professores".
O resto foi quase só tempo de antena de campanha fora de época. Pouco interessante. O primeiro-ministro disse 895 vezes "repare" e 46 "é importante que os portugueses saibam". Os tiques de linguagem e o aspecto de Sócrates - olheiras e uma cara muito amarela da maquilhagem - davam conta de um homem cansado. Mas ao mesmo tempo pareceu-me muito determinado, como sempre. Valha-nos isso.
O resto foi quase só tempo de antena de campanha fora de época. Pouco interessante. O primeiro-ministro disse 895 vezes "repare" e 46 "é importante que os portugueses saibam". Os tiques de linguagem e o aspecto de Sócrates - olheiras e uma cara muito amarela da maquilhagem - davam conta de um homem cansado. Mas ao mesmo tempo pareceu-me muito determinado, como sempre. Valha-nos isso.
1 Comentários a “A entrevista de Sócrates”
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Sem dúvida que está cansado, mas com o trabalho que tem tido a meter as coisas no sítio não é fácil, apesar de não ser uns dos que votou nele, reconheço que está até ver a fazer alguma coisa...mesmo que a nossa custa, mas o certo é que os outros anteriores, nada fizeram e ainda pioraram as coisas, mesmo com nós s financiarmos os seus défices...
Abraço