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Ao ler o artigo deste no sábado consegui percebê-lo melhor. Dizia ele que o desenvolvimento da República Checa tinha uma explicação óbvia: é que os checos foram sempre desenvolvidos (como é que ainda não tínhamos percebido uma coisa tão óbvia!) Portugal, pelo contrário, carrega este fardo histórico de ser atrasado, e por isso é que não se desenvolve. A França, por seu turno, está neste tumulto porque lá nunca se mudou nada sem revoluções.
Neste texto se resume o pensamento de Vasco Pulido Valente. Segundo ele, o peso da história torna tudo irreversível, como se ela definisse uma espécie de linha recta que nos impossibilitasse de todo arrepiar caminho. No fundo, e era aqui que queria chegar, Pulido Valente é o mais português de todos nós. Acredita como ninguém nesta coisa bem lusitana chamada fado.
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3 Comentários a “A linha recta”
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Caro Mário,
Em primeiro lugar agradeço-lhe agradeço-lhe as elogiosas palavras que deixou no meu cantinho!...
Sinto muito que não possa vir a Vila Viçosa! Teria todo o gosto em o receber na minha vila natal.
Ainda assim, espero que o caro Alexandre possa vir a Vila Viçosa representar o Segundo Andamento. Será com todo o gosto que o irei receber!
Saudações!
Brilhante, Mário!
Duvido que o homem acredite no quer que seja. É difícil acreditar nos tempos que correm. Partilho com ele a descrença.
Mas invejo-o sobretudo pelo seu emprego de sonho... meia dúzia de linhas diárias no Público para destilar veneno, fazer autopsicanilisar-se, cultivar a má lingua, apurar o péssimosmo nacional... e muito, muito mais... e aind alhe pagam por isso, para ser como é: desagradável, venenoso, amargo, tantas vezes idiota ou simplesmente imbecil...
é ou não é um emprego de sonho (sem horários)?