Infelizmente, Cronenberg fez apenas 6 filmes nos últimos 15 anos. O penúltimo, "Spider", é das mais profundas viagens ao interior da persona que assisti. E, também por isso, as expectativas para "The history of violence" eram muito elevadas.
O filme retrata um episódio na vida de Tom Stall, pacato dono de um café perdido numa cidade perdida do interior. Este pacato cidadão é forçado a matar em defesa da sua vida, revelando uma personalidade morta há muito. E tem de continuar a matar, e matar, e matar, até encontrar-se de novo consigo.
Sobra-lhe em composição de persongens o que falta no habitual crescendo de fantasia e non-sense que Cronenberg costuma compor. Especialmente as cenas entre Mortensen e Bello são fortíssimas, plenas de sentimento, mas sem o over-acting tão em moda. E a cena mais violentamente emocional deste filme violento é a última, silenciosa e lenta.
Este é um filme menor na carreira de Cronenberg. Felizmente um filme menor de Cronenberg vale bem mais que umas quantas obras-primas de um Lee ou um Spielberg. A ver.

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