Primeiro, encaminho-vos para o excelente Margens de Erro, onde estão os resultados de todas as sondagens.
A minha leitura, no entanto, e tanto quanto li, é inédita.
Parece-me óbvio que estas eleições têm um ingrediente novo em relação às últimas presidenciais, sem contar as legislativas e autárquicas. Há um candidato de "direita" e cinco de "esquerda". Consequência lógica: os eleitores que votam à direita não devem estar indecisos. A grande maioria dos indecisos deve estar a ponderar o voto entre os de esquerda. Portanto, parece-me bastante claro que distribuir os indecisos proporcionalmente, como têm feito as sondagens, distorce os resultados.
As sondagens que apresentam as percentagens de pessoas que não vão votar variam entre 2,1% e 12%. Mesmo se contarmos com uma abstenção muito baixa - na ordem dos 30% -, estes números são ridículos. Conclusão: aproximadamente 30% das pessoas que declaram por telefone ou presencialmente uma intenção de voto não vão às urnas.
Conclusão final: as sondagens não são instrumentos neutros; têm intenções, como todos sabemos. Descobrir a intenção das sondagens que nos são dadas a ver deve ser o nosso exercício até domingo.

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