Não é engano. "Mr. Beast" apenas chega às lojas no próximo dia 6 de Março, mas nos nossos dias de E-Mule, para que esperar?
E por falar em espera, o que esperar do quinto álbum de estúdio dos Mogwai. Simplesmente, mais do mesmo - e também não.
Quem segue os Mogwai encontra outra vez os elementos da fórmula que resultou anteriormente - o tom apocalíptico, a construção de muros de noise em torno de linhas simples de guitarra e um rigor impecável na composição continuam lá. E as canções também: o single "Friend of the night" é uma incursão na canção de Burt Bacharach com tratamento mogwaiano; "Travel is dangerous" ressuscita os Ride ou My Bloody Valentine com toda a energia perdida no ínício dos anos 90; "We're not here", a fechar, é um monumento noisy-pop-supersónico capaz de levar às lágrimas o viajante distraído.
Diferentes? Nunca houve tanto piano nas canções. Resulta? Uma vezes sim.
Nem tudo são rosas, no entanto. Em alguns pontos, "Mr. Beast" resvala para alguma vulgaridade. O que, sem surpresa, acontece quando os escoceses tentam ser diferentes de si próprios. O que já jogou a favor deles, num passado recente.
Para os indiferentes e detractores, todos os tiques, vícios e fórmulas estão lá. É só escolher. Mas, felizmente, todos as fórmulas, tiques e vícios são Mogwai. A ouvir.